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sexta-feira, 28 de setembro de 2012

Saudades do voto nulo

                                                   

A urna eletrônica trouxe vários benefícios às eleições. A rapidez da apuração foi, sem dúvida alguma, o maior deles. Mas confesso que sinto falta do tempo em que votávamos no papelzinho. Hoje em dia, com a urna eletrônica, votamos apenas nos candidatos oficiais ou no candidato “branco”. É só apertar e confirmar. Mas e o candidato “nulo”?  
Na época do voto no papelzinho, você realmente votava em quem quisesse. Suas opções não estavam restritas aos candidatos oficiais e ao “branco”. Não. As opções eram infinitas. Bastava, pra isso, anular o voto. 
Lembro-me de uma vez em que o macaco Tião, famoso símio que vivia no zoológico do Rio de Janeiro, foi eleito vereador da cidade. As pessoas escreviam seu nome no papelzinho e colocavam na urna. O voto era considerado nulo, é verdade, mas pelo menos se votava em quem queria, ainda que esse alguém fosse um macaco.   
Macaquices à parte, Tião não foi o único bicho a ser eleito. Em 1959, na cidade de São Paulo, o rinoceronte Cacareco foi eleito vereador com cem mil votos. O que foi um grande feito, já que na época o vereador humano mais votado não teve mais que 110 mil votos. Cacareco, é claro, não pôde assumir o cargo, e pouco depois o bicho morreu. Pra tristeza dos seus eleitores, é claro.   
É certo que esse tipo de voto é conhecido como voto de protesto, que tem como objetivo protestar contra a balbúrdia que impera nesse país. O problema é que não se melhora uma nação votando em animais. Afinal, animais são irracionais. Mas, cá pra nós: é melhor eleger um macaco ou um rinoceronte do que um asno.  
Pena que não tem mais o papelzinho. Por isso a opção “branco” pode ser uma boa alternativa. A depender dos candidatos em questão, é melhor apertar o “branco” mesmo. Pelo menos o branco é limpo, sem manchas. Melhor do que votar em quem é mais sujo que pau de galinheiro.  (VozDaBahia)

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